quarta-feira, 25 de agosto de 2010


"O céu é o meu tecto, a terra minha pátria e a liberdade a minha religião”

Mês passado (julho) foi aniversário de morte e de vida de Frida Khalo (06/07/1907- 13/07/1954). Esta é uma artista que me intriga, pela originalidade, pelo amor a sua terra, pela sua força. Sua vida foi marcada por tragédias: quando criança contraiu poliomielite, doença que lhe deixou seqüelas em um de seus pés, ficando manca. Ganha então o apelido Frida, perna de pau. Aos 18 anos sofre um grave acidente: o bonde na qual viajava se chocou com um trem e Frida sofreu uma perfuração na região pélvica. Em decorrência disso, acredita-se, nunca pode engravidar. Uma de suas angústias. Tal acidente fez com que ficasse longo período acamada. Sua mãe então adaptou telas a sua frente para que ela pintasse. Gostava muito de pintar a si própria: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”. Em 1928 casa-se com Diego Rivera, pintor que exerce grande influencia sobre suas obras a partir de então. Anos mais tarde André Breton classifica sua obra como surrealista, mas Frida discorda: “Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade". Resumindo um pouco, morre em 1954, de embolia pulmonar. Mas há um mistério acerca de sua morte: especula-se que foi envenenada por uma das amantes de Diego ou suicídio.
Olhando para a sua obra, olhamos para a sua história. Coerente e, acima de tudo corajosa em se despir em suas pinturas. Nelas Frida retratava seus anseios, suas angústias, suas dores, o amor a sua pátria, a paixão por Diego, enfim, sua própria realidade. Utilizava cores fortes e pintava imagens marcantes, como o quadro onde retrata seu nascimento. Se considerava filha da revolução. Sofreu vários abortos espontâneos, o que é também retratado em suas telas. Em seus últimos quadros pintava natureza morta - segundo ela “bem morta” - como o quadro intitulado Viva La Vida. Em 2008 a banda Cold Play a homenageou com o nome de um dos discos da banda (Viva la Vida or Death and All His Friends).
"Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida"